Nós concordamos integralmente com as críticas e oposição à chamada Terapia de Regressão por parte de algumas pessoas espíritas e de dirigentes de Casas e Federações Espíritas, pois, realmente, uma certa parcela dos terapeutas de regressão não realiza essa Terapia como é recomendado pelo Mundo Espiritual e muitos interferem na Lei do Esquecimento, dirigindo a recordação, atendendo o desejo da pessoa, o que ela quer saber, coisas como “O que eu e minha namorada fomos?”, “Quero saber por que meu filho me odeia”, “Vim aqui para saber porque sempre odiei minha mãe!”, “Quero saber se minha alma gêmea está encarnada…” e, pior, incentivando o reconhecimento de pessoas no passado.
Isso não é Terapia de Regressão, é invasão de privacidade, é bisbilhotice reencarnacionista, e é uma seríssima infração à Lei do Karma. Segundo o que Seres Espirituais ensinam, o terapeuta que assim proceder estará agravando o Karma entre pessoas e estará entrando no Karma delas, ou seja, é um mau proceder para as pessoas envolvidas e para o próprio terapeuta. Mas, mesmo assim, vários terapeutas de regressão, no Brasil e no mundo, praticam essa atitude antiética, acreditando-se imunes às Leis Divinas.
Uma das metas da Associação Brasileira de Psicoterapia Reencarnacionista é justamente colaborar na moralização da Terapia de Regressão, que chamamos de “Investigação do Inconsciente”, para evitar que esse procedimento se vulgarize e transforme-se numa aventura, numa mera viagem, num turismo a vidas passadas, sem critérios, sem seriedade, sem ética. Nós, que atuamos nessa área, ouvimos casos de terapeutas de regressão e suas técnicas, suas concepções, maneiras de realizar o trabalho, muitas vezes, um de nós diz: “Mas os espíritas têm razão mesmo de ser contra regressão”. E têm mesmo, pois uma certa parcela dos terapeutas de regressão não fazem como o Mundo Espiritual ensina. Eles decidem o que a pessoa vai ver, o que vai acessar, ou, se alguma pessoa vem fazer regressão para saber por que sua mãe gostava mais do seu irmão do que dele, por que ele odiava seu pai, por que tem dificuldades com seu filho, por que isso, por que aquilo, o terapeuta concorda, faz seus procedimentos e a pessoa encontra a resposta que queria. E, pior ainda, quando recorda alguém matando, enforcando, roubando, estuprando, o terapeuta pergunta: “E quem é essa pessoa hoje?”, a pessoa reconhece e é o pai, é a mãe, é o seu irmão, e se já tinha mágoa, se já tinha raiva, tudo isso piora. E se, por acaso, não era a pessoa que reconheceu, mas achou que era alguém de quem tem mágoa, tem raiva, piora ainda mais as coisas. Isso não é Terapia de Regressão, isso é uma atitude completamente antiética do ponto de vista kármico, e o Mundo Espiritual é contrário a essa prática, mas, dentro do livre-arbítrio, cada pessoa e cada terapeuta pode fazer o que quiser.
Nós, da ABPR, cuidamos para que essa Terapia que aí está fique e se estruture de uma maneira correta do ponto de vista espiritual, do ponto de vista cosmo-ético. Nos nossos livros, nos artigos, nos Cursos de Formação, todos os nossos ministrantes e os monitores atentam a essas questões, pois elas são fundamentais para nós. Os leitores e os alunos dos cursos entendem por que as Sessões devem ser dirigidas pelos Mentores Espirituais das pessoas e não pelos terapeutas, porque a recordação deve ir até o período intervidas (Ponto Ótimo) e por que é vedado incentivar o reconhecimento.
Na verdade, a ética na nossa Escola começa antes mesmo do procedimento, ela começa quando não conduzimos a recordação para o motivo da consulta, para a queixa da pessoa, nós simplesmente ajudamos a pessoa a entrar em um estado meditativo, sem direcionar, sem conduzir. Quando a pessoa está bem descontraída, com sua frequência mais elevada, os seus Mentores Espirituais lhe oportunizam acessar uma encarnação e aí começa a recordação. A Investigação do Inconsciente é muito parecido com o Telão utilizado na Terapia realizada no Plano Astral, desde que ambos sejam comandados pelo Mundo Espiritual. Isso é obrigatório e é assim que deve ser.